NOS AMIS PORTUGAIS
Ditadura ou "ditamole"?
No início de “O Ditador”, vemos uma dedicatória “Em memória de Kim
Jong-Il” e sabemos que vamos entrar numa paródia às ditaduras
contemporâneas.
Ao contrário do que assistimos em trabalhos anteriores como “Borat” (2006) e “Bruno” (2009), aqui não há situações de interacção com pessoas reais, numa espécie de “apanhados” extremos.
Baseando-se em Kadhafi e outros “grandes líderes”, o protagonista é o ditador de um país norte africano chamado Wadiya. É o almirante-general Aladeen e tem todos os defeitos – explorados ao máximo – que imaginamos numa personagem do género. Exploração do povo, execuções gratuitas, perseguições, intolerância generalizada, a pretensão de ser uma potência nuclear e uma vida de opulência caracterizam o seu regime.
À boa maneira de Sacha Baron Cohen, este é um filme recheado com piadas politicamente incorrectas. Aqui usa-se e abusa-se de comentários depreciativos em relação às raças, às mulheres, à democracia, etc. Mas o prato forte, como não podia deixar de ser, são as críticas aos Estados Unidos da América. Há uma cena maravilhosa onde o ditador, para explicar as vantagens da ditadura, descreve exactamente o que se passa na América. Mas o interesse fica-se pelos ‘gags’, com alguns que valem umas gargalhadas, e fica-se por aí.
Quando a história se torna “séria”, com momentos amorosos e tudo, a coisa não corre bem. Nem em termos de enredo, com os lugares-comuns estafados a que estamos habituados, nem no que respeita à actuação, onde se percebe que Sacha não está bem fora do seu registo característico.
Apesar de alguns momentos bem conseguidos, o filme no seu conjunto não impressiona. Quem vê o ‘trailer’ percebe o que o espera e o resto é palha para encher.[publicado na edição desta semana de « O Diabo»]
Ao contrário do que assistimos em trabalhos anteriores como “Borat” (2006) e “Bruno” (2009), aqui não há situações de interacção com pessoas reais, numa espécie de “apanhados” extremos.
Baseando-se em Kadhafi e outros “grandes líderes”, o protagonista é o ditador de um país norte africano chamado Wadiya. É o almirante-general Aladeen e tem todos os defeitos – explorados ao máximo – que imaginamos numa personagem do género. Exploração do povo, execuções gratuitas, perseguições, intolerância generalizada, a pretensão de ser uma potência nuclear e uma vida de opulência caracterizam o seu regime.
À boa maneira de Sacha Baron Cohen, este é um filme recheado com piadas politicamente incorrectas. Aqui usa-se e abusa-se de comentários depreciativos em relação às raças, às mulheres, à democracia, etc. Mas o prato forte, como não podia deixar de ser, são as críticas aos Estados Unidos da América. Há uma cena maravilhosa onde o ditador, para explicar as vantagens da ditadura, descreve exactamente o que se passa na América. Mas o interesse fica-se pelos ‘gags’, com alguns que valem umas gargalhadas, e fica-se por aí.
Quando a história se torna “séria”, com momentos amorosos e tudo, a coisa não corre bem. Nem em termos de enredo, com os lugares-comuns estafados a que estamos habituados, nem no que respeita à actuação, onde se percebe que Sacha não está bem fora do seu registo característico.
Apesar de alguns momentos bem conseguidos, o filme no seu conjunto não impressiona. Quem vê o ‘trailer’ percebe o que o espera e o resto é palha para encher.[publicado na edição desta semana de « O Diabo»]
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