NOS AMIS PORTUGAIS
Quinta-feira, 4 de Agosto de 2011
Da violência política
Segundo uma sondagem realizada nos Países Baixos, 52 por cento da população entende que Geert Wilders não deve moderar o seu discurso anti-islâmico.
E por que haveria de mudar?
Este político holandês, cujas ideias parecem ter influenciado o manifesto de o assassino norueguês Anders Breivik, representa uma das múltiplas e por vezes antagónicas correntes do saco sem fundo a que se chama comummente (convenientemente?) “extrema-direita”.
Esta tendência recente, de uma direita populista, anti-islamização, pró-israelita e pró-ocidental é contrária à “extrema-direita” clássica.
Mas, mesmo assim, sofre da falácia que atinge, na generalidade, todas as direitas – a ‘reductio ad hitlerum’. Tal não acontece noutros casos. No mesmo país, os imigracionistas defensores do multiculturalismo não alteraram as suas posições depois de Theo van Gogh ter sido brutalmente assassinado por um muçulmano que discordava do seu filme e não foram estigmatizados por tal acontecimento. Parece que há dois pesos para a mesma situação. A este propósito, há que recordar uma passagem esclarecedora do livro do pensador francês Alain de Benoist, “Comunismo e Nazismo: 25 reflexões sobre o totalitarismo no século XX (1917-1989)”:
“O nacionalismo é frequentemente assimilado ao fascismo, e este ao nazismo, enquanto que o socialismo nunca é considerado como potencialmente estalinista.
A direita é sempre suspeita de ‘fascismo’, enquanto que o comunismo, apesar dos seus erros, é tido como pertencente às ‘forças do progresso’”. As democracias modernas continuam a reclamar os valores da “liberdade, igualdade e fraternidade”, apesar de a Revolução Francesa ter trazido o terrorismo e a guilhotina.
A violência política não tem campos predeterminados.
Editorial da edição desta semana de «O Diabo».
E por que haveria de mudar?
Este político holandês, cujas ideias parecem ter influenciado o manifesto de o assassino norueguês Anders Breivik, representa uma das múltiplas e por vezes antagónicas correntes do saco sem fundo a que se chama comummente (convenientemente?) “extrema-direita”.
Esta tendência recente, de uma direita populista, anti-islamização, pró-israelita e pró-ocidental é contrária à “extrema-direita” clássica.
Mas, mesmo assim, sofre da falácia que atinge, na generalidade, todas as direitas – a ‘reductio ad hitlerum’. Tal não acontece noutros casos. No mesmo país, os imigracionistas defensores do multiculturalismo não alteraram as suas posições depois de Theo van Gogh ter sido brutalmente assassinado por um muçulmano que discordava do seu filme e não foram estigmatizados por tal acontecimento. Parece que há dois pesos para a mesma situação. A este propósito, há que recordar uma passagem esclarecedora do livro do pensador francês Alain de Benoist, “Comunismo e Nazismo: 25 reflexões sobre o totalitarismo no século XX (1917-1989)”:
“O nacionalismo é frequentemente assimilado ao fascismo, e este ao nazismo, enquanto que o socialismo nunca é considerado como potencialmente estalinista.
A direita é sempre suspeita de ‘fascismo’, enquanto que o comunismo, apesar dos seus erros, é tido como pertencente às ‘forças do progresso’”. As democracias modernas continuam a reclamar os valores da “liberdade, igualdade e fraternidade”, apesar de a Revolução Francesa ter trazido o terrorismo e a guilhotina.
A violência política não tem campos predeterminados.
Editorial da edição desta semana de «O Diabo».

Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire