NOS AMIS PORTUGAIS
Quinta-feira, 28 de Julho de 2011
Terrorista
O atentado à bomba a vários edifícios governamentais no centro de Oslo e o brutal e cruel massacre a tiro de dezenas de adolescentes são actos terroristas.
São uma forma de violência política levada ao extremo. O norueguês Anders Behring Breivik, um aparente “cidadão normal”, teve o calculismo e o sangue frio para levar a cabo esta verdadeira sangria.
Os seus motivos foram ideológicos. Alarmado com os problemas da crescente imigração e da islamização da Europa, decidiu atacar os governantes, que considerava politicamente responsáveis por esta situação, e os seus apoiantes, tidos como colaboradores. O terrorismo, enquanto forma de luta, é odioso e condenável na medida em que atinge inocentes. Por isso, em casos como este questionamo-nos: como é possível? Anders escolheu uma das novas formas de terrorismo no seu modo de actuação já que, ao que tudo indica, agiu sozinho, tornando-se uma versão europeia de Timothy McVeigh, o bombista de Oklahoma que, em 1995, matou 168 pessoas. Um método bastante eficaz e muito difícil de ser antecipado pelas forças de segurança. Analisando agora a demorada preparação da “operação” e o extenso manifesto deixado por Anders, percebe-se que se sentia imbuído de um “espírito de missão”, considerando-se um cavaleiro templário dos tempos modernos.
Um soldado na guerra do “Choque das Civilizações” e capaz de mudar o mundo. Depois de anos de envolvimento na política, desiludiu-se. Terá pensado na frase de Clausewitz que diz que “A guerra é a continuação da política por outros meios”? A verdade é que, enquanto activista político, o assassino de Oslo pensou ter encontrado nesta matança a melhor forma de propagar as suas ideias.
Conseguiu o contrário.
Editorial da edição desta semana de «O Diabo».
São uma forma de violência política levada ao extremo. O norueguês Anders Behring Breivik, um aparente “cidadão normal”, teve o calculismo e o sangue frio para levar a cabo esta verdadeira sangria.
Os seus motivos foram ideológicos. Alarmado com os problemas da crescente imigração e da islamização da Europa, decidiu atacar os governantes, que considerava politicamente responsáveis por esta situação, e os seus apoiantes, tidos como colaboradores. O terrorismo, enquanto forma de luta, é odioso e condenável na medida em que atinge inocentes. Por isso, em casos como este questionamo-nos: como é possível? Anders escolheu uma das novas formas de terrorismo no seu modo de actuação já que, ao que tudo indica, agiu sozinho, tornando-se uma versão europeia de Timothy McVeigh, o bombista de Oklahoma que, em 1995, matou 168 pessoas. Um método bastante eficaz e muito difícil de ser antecipado pelas forças de segurança. Analisando agora a demorada preparação da “operação” e o extenso manifesto deixado por Anders, percebe-se que se sentia imbuído de um “espírito de missão”, considerando-se um cavaleiro templário dos tempos modernos.
Um soldado na guerra do “Choque das Civilizações” e capaz de mudar o mundo. Depois de anos de envolvimento na política, desiludiu-se. Terá pensado na frase de Clausewitz que diz que “A guerra é a continuação da política por outros meios”? A verdade é que, enquanto activista político, o assassino de Oslo pensou ter encontrado nesta matança a melhor forma de propagar as suas ideias.
Conseguiu o contrário.
Editorial da edição desta semana de «O Diabo».

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